Será que Deus cria o mal, causa dores e sofrimentos?


Para quem já passeou pela bíblia provavelmente deve ter tropeçado num versículo parecido com esse:

Isaías 45: 7. Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu sou o Senhor, que faço todas estas coisas.

A chave para entender esses versículos e outros versículos encontrados no velho testamento pode ser encontrada em: Êxodo 24:7. Também tomou o livro do pacto e o leu perante o povo; e o povo disse: Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos. Êxodo 24:3. Veio, pois, Moisés e relatou ao povo todas as palavras do Senhor e todos os estatutos; então todo o povo respondeu a uma voz: Tudo o que o Senhor tem falado faremos. Êxodo 24:7. Também tomou o livro do pacto e o leu perante o povo; e o povo disse: Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos.

Deus prometeu que se eles pudessem obedecer, eles seriam para ele um tesouro de extrema importância, acima de todos os povos. O povo concordou com as palavras de Deus, e Deus procedeu em dar a lei a Moisés com as bençãos e as maldições. Quando Moisés voltou do monte para ler as palavras do Senhor e os julgamentos o povo de novo concordou com a aliança. No êxodo 24:7 eles novamente concordaram com a aliança. Deste modo, eles autorizaram a Deus de cumprir as palavras da sua aliança come eles. Eles deveriam ser abençoados por causa da obediência, e seriam amaldiçoados por causa da desobediência, conforme as palavras encontradas no livro de deuteronômio 28, cada desobediência obrigava Deus a agir de acordo com a palavra da aliança. Ele Deus a sua palavra e o povo também deu a sua palavra.

Deste momento em diante, no antigo testamento, sempre que vemos julgamentos de Deus para com o povo de Israel, e ouvir seus pronunciamentos sobre ele “criar o mal” sempre subjaz no contexto das alianças que o próprio povo de Israel concordou. Deus estava “criando o mal” para eles por intermédio do julgamento, ele não estava revelando seus atributos por essa palavra, ou contradizendo a sua revelação que temos de Deus em Jesus, Ele estava simplesmente mantendo sua obrigação de julgar Israel por sua idolatria e desobediência.

O livro de Isaías 45 descreve as consequências que viriam para o povo de Judá por causa da desobediência, e depois a sua restauração durante o reinado de Ciros. Essa passagem não se refere aos caminhos de Deus ou do seu carácter a parte de um contexto específico, quando Deus diz que cria o mal, isso quer falar das tribulações e adversidades que o povo de Judá teria por ter de separado dEle e da sua palavra, e não que queria dizer que o Senhor é o autor do mal e das trevas do mundo inteiro.

Amós 36. Tocar-se-á a trombeta na cidade, e o povo não estremecerá? Sucederá qualquer mal à cidade, sem que o Senhor o tenha feito? Amós também mostra uma situação idêntica, e deve ser entendida no contexto da lei de Moisés, Deus e Israel fizeram uma aliança, aliança tal que incluía julgamentos e maldições pela desobediência.

Tiago 1:13. Ninguém, sendo tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele a ninguém tenta. Tiago 1:17. Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.

O novo testamento nos mostra com clareza que Deus não pode ser tentando com o mal, e ele não tenta a nenhum homem, Deus não é autor do mal, a desobediência de Israel libertou o julgamento conforme os termos da antiga aliança, Deus seja louvado porque temos uma aliança melhor, estabelecida sobre promessas melhores.

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